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Ao suspender WhatsApp, juíza diz que Facebook trata Brasil como “republiqueta”

Reprodução Internet
É a terceira suspensão do aplicativo em menos de um ano. Juíza se irritou com ofício, em inglês, enviado pelo Facebook.

A Justiça do Rio notificou nesta terça (19) todas as operadoras de telefonia para suspender o serviço de WhatsApp no Brasil. O Whatsapp teria se negado a fornecer informações de usuários em uma investigação criminal que corre em segredo de Justiça.

O WhatsApp tem 100 milhões de usuários no Brasil. O serviço só será suspenso depois que todas as operadoras forem notificadas. E não há prazo determinado para retornar.

A decisão estabelece multa de R$ 50 mil por dia ao Facebook, dono do WhatsApp, em caso de descumprimento.
A juíza demonstrou forte irritação com uma resposta do Facebook, redigida em inglês, afirmando não ser possível realizar a interceptação por causa da criptografia. Segundo a juíza, o Facebook trata o Brasil como uma “republiqueta”.
Isto foi o que ela escreveu:
Ao ofício assinado por esta magistrada, contendo a ordem de quebra e interceptação telemáticas das mensagens do aplicativo Whatsapp, a referida empresa respondeu através de e-mail redigido em inglês, como se esta fosse a língua oficial deste país, em total desprezo às leis nacionais, inclusive porque se trata de empresa que possui estabelecida filial no Brasil e, portanto, sujeita às leis e à língua nacional, tratando o país como uma “republiqueta” com a qual parece estar acostumada a tratar. Duvida esta magistrada que em seu país de origem uma autoridade judicial, ou qualquer outra autoridade, seja tratada com tal deszelo.

Além disso, era reclamou que o Facebook mandou um ofício pedindo que ela escrevesse em inglês.

 
A suspensão foi determinada na segunda pela juíza Daniela Barbosa de Souza, da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias.

É a terceira vez que um juiz manda suspender o Whatsapp no Brasil. A primeira vez foi em dezembro do ano passado, pela própria Justiça de São Bernardo do Campo (região metropolitana). Em maio, o juiz Marcel Montalvão, de Lagarto, proibiu a operação do serviço por 72 horas, além de pedir a prisão do vice-presidente do Facebook para a América Latina (controlador do Whatsapp), Diego Dzodan.

Em todos os dois casos, o Tribunal de Justiça suspendeu as decisões dos juízes de primeira instância.

Fonte: Buzzfeed

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